– Mas o que
foi aquilo? – Perguntava-se José assentado e olhando o nada, ou quem sabe sua
memória.
Ainda
empalidecido o telefone toca, e com um susto daqueles coloca a mão no peito sem
saber quem era. Passa a mão na cabeça e atende.
– Alô? – José atende ao telefone com um olhar
fixo. A outra voz no telefone diz algo a ele que o deixa ainda mais estranho.
Depois de um tempo desliga o telefone, levanta-se e vai em direção à geladeira.
Morde os
lábios e vai passando os olhos procurando algo para beber. Durante cinco
minutos ficou parado, pois o que lhe atormentava havia roubado aquele momento.
Já não sabia o que procurava, então fechou a geladeira.
Decidiu ir ao
banheiro, tirou as roupas e quando foi entrando no chuveiro a água quente foi
caindo sobre a pele e pensou ele que coisa estranha era tudo aquilo! A “coisa” que
acontecera tomara todo pensamento e se passaram aproximadamente meia hora sem
que ele notasse que o tempo havia passado.
Despertou
após esse tempo e se enxugou. Lembrou que estava com sede e mais uma vez abriu
a geladeira pegou uma cerveja, ligou a televisão e sentou-se.
Um programa
passava na TV, mas nada tirava de sua mente a “coisa” que mudou o rumo da sua
vida.
– Será que
não tem jeito? – Pensava Zé já com certo intervalo, pois sonolento pelo cansaço
do dia e da “coisa” que lhe assombrava.
Vencia o sono.
Foi se ajeitando no sofá, com aquele olhar de quem olha, mas não vê nada. Num
segundo dormiu.
G.O Regis